sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A FUNÇÃO DA FAMÍLIA: LIMITES



Falar sobre família é falar da instituição mais “barulhenta” entre todas que existem. E por mais “barulhenta” que seja, família é a única coisa que nos liga a afetividade.

Quando ouvimos a palavra afetividade, logo pensamos: ”Opa, afetividade é uma coisa boa, é carinho, atenção, amor”. É isso mesmo, é mais um pouco. Afetividade também são brigas, desavenças, raiva e os famosos conflitos que sempre temos dentro de casa.

E vamos chamar a atenção para esses famosos conflitos pelo s quais todos nós passamos em família. É preciso suportar esse conflito, compreender. Quando brigamos em casa é sinal de amor, de saúde mental. Saber que podemos brigar, xingar, discutir, gritar e depois reparar, pedir desculpas, beijar, abraçar. É o conflito que nos mantém vivos.

Pensar que conflito resulta em algo bom, às vezes, é estranho, mais se começarmos entender esse processo muita coisa pode mudar com os filhos. Os pais que não conseguem entrar em conflito dificilmente conseguem colocar limites aos filhos. Pois colocar limites gera conflito, angústia dá muito trabalho. Mais futuramente pode ser recompensador.

Hoje, o índice de depressão em crianças e adolescentes vem aumentando devido a isso também.

Passando por conflitos é que vamos poder pensar, elaborar, poder fazer diferente, fazer melhor.

Quando os pais deixam os filhos fazerem o que querem e tiver autonomia pensando em evitar o conflito, começam a surgir sérios problemas, as patologias. Educação é desde sempre, a partir do nascimento, vamos evitar as patologias quando é possível evitar.

Atualmente as notícias nos jornais, a mídia em geral, vem nos mostrando como os jovens estão. O índice de consumo de drogas vem aumentando assustadoramente, batidas de carro e mortes por negligências. Os filhos para escapar das angústias e do vazio precisam beber, se drogar, enfim, fogem do conflito. E o que é que está acontecendo? Será que não faltou algo lá atrás? Ou teve muita coisa sem necessidade? Será que não está na hora de pensarmos sobre isso?

Precisamos entender e acreditar que limites são cuidados, cuidados geram conflitos e não podemos esquecer que o maior significado da vida é o conflito.



***texto formulado pela psicóloga clínica Potira Zamberlan crp 08/11627
** e adaptado por Fabiana Pereira

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